A HISTÓRIA DE CABRAL E SEU TRISTE FIM
P EDRO ALVARES CABRAL
E SEU TRISTE FIM...
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Muito se sabe sobre o momento de glória da vida do navegador português Pedro Álvares Cabral, nascido em Belmonte, por volta 1467 na Beira Baixa, de família nobre. Fora escolhido para a missão muito mais por suas aptidões militares que propriamente dito sua capacidade como navegador, visto que ao sair de Lisboa em 9 de Março de 1500 com uma esquadra de 13 navios e cerca de 1500 homens, na época a maior em Portugal e considerada como a mais bem equipada de todo o século XV a nível mundial e ao retornar o que restou desta armada, quando regressou a Lisboa a 31 de Julho de 1501 foram apenas seis navios.
Aos 33 anos foi nomeado pelo rei D. Manuel I comandante da segunda armada que viajou da Europa até à Índia.
Dois meses depois, um desvio de rota para ocidente, em busca de ventos favoráveis, levou à descoberta - quase acidental - do Brasil, a 22 de Abril, batizado então como Ilha de Santa Cruz, hoje Santa Cruz Cabrália tendo sido acrescentado Cabrália ao nome da cidade justamente em uma homenagem a Cabral, feita pelo historiador e prefeito Cidraque Carvalho Desembarcaram na zona hoje conhecida como Coroa vermelha,praia do município de santa Cruz Cabrália, no extremo sul doestado da Bahia.
Pedro Álvares Cabral, após desentender-se com o Rei D. Manuel caiu em desgraça vindo a falecer por volta de 1520, relativamente esquecido, sepultado em campa rasa num túmulo provisório. Quando faleceu a sua esposa, Dona Isabel de Castro, em 1538, o corpo do marinheiro foi exumado e a família Cabral ganhou um jazido definitivo na Igreja da Nossa Senhora da Graça
Na lápide tumular recordam-se apenas os méritos de Isabel de Castro e não referem uma só palavra sobre os feitos de Pedro Álvares Cabral, como a descoberta do Brasil, proeza que lhe garantiu um lugar na História. O facto dos escritos homenagearem apenas a esposa do marinheiro, leva a que alguns estudiosos digam que isso é a prova da obscuridade a que Cabral foi submetido nos últimos anos de vida.
Orgulhoso, irascível e conflituoso, Cabral provocou várias contendas na corte lisboeta do seu tempo e criou inimizades um pouco por todo o lado. As suas famosas crises de mau humor seriam provocadas por febres crónicas, doença que o perseguia desde os 17 anos de idade, quando lutou em Marrocos e contraiu Malária.
O jazigo foi aberto em Agosto de 1882 para confirmar a presença de Cabral e foram encontradas três ossadas humanas, duas masculinas e uma feminina. Supõe-se que além do casal, o terceiro esqueleto pertenceria a um dos filhos que morreu pouco depois do pai. A falta de recursos na época não permitiu qualquer conclusão sobre a identificação dos corpos.
Causou ainda estranheza a presença do esqueleto de uma cabra no interior do túmulo, mas para muitos isso provava que dentro daquela sepultura jazia Pedro Álvares Cabral: o escudo dos cabrais ostenta dois destes animais.
No panteão dos cabrais, em Belmonte, existe igualmente uma arca tumular de granito que contém cinzas retiradas do túmulo de Pedro Álvares Cabral localizado na Igreja da Graça em Santarém. Foram oferecidas em 1961 pela Câmara de Santarém.
Apesar dos vestígios em Portugal, no Brasil há quem garanta que aqui também se encontram restos mortais de Cabral. Por volta de 1903 foi reaberto o jazigo da Igreja da Graça. Desta vez o sepulcro continha oito corpos, cinco ossadas masculinas, uma feminina e duas de crianças.
Segundo historiadores brasileiros optou-se por uma solução simplista: dividiram-se os ossos, formaram-se dois esqueletos completos. Um ficou em Portugal e outro terá sido depositado na Igreja do Carmo, antiga Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.
Na lápide tumular recordam-se apenas os méritos de Isabel de Castro e não referem uma só palavra sobre os feitos de Pedro Álvares Cabral, como a descoberta do Brasil, proeza que lhe garantiu um lugar na História. O facto dos escritos homenagearem apenas a esposa do marinheiro, leva a que alguns estudiosos digam que isso é a prova da obscuridade a que Cabral foi submetido nos últimos anos de vida.
Orgulhoso, irascível e conflituoso, Cabral provocou várias contendas na corte lisboeta do seu tempo e criou inimizades um pouco por todo o lado. As suas famosas crises de mau humor seriam provocadas por febres crónicas, doença que o perseguia desde os 17 anos de idade, quando lutou em Marrocos e contraiu Malária.
O jazigo foi aberto em Agosto de 1882 para confirmar a presença de Cabral e foram encontradas três ossadas humanas, duas masculinas e uma feminina. Supõe-se que além do casal, o terceiro esqueleto pertenceria a um dos filhos que morreu pouco depois do pai. A falta de recursos na época não permitiu qualquer conclusão sobre a identificação dos corpos.
Causou ainda estranheza a presença do esqueleto de uma cabra no interior do túmulo, mas para muitos isso provava que dentro daquela sepultura jazia Pedro Álvares Cabral: o escudo dos cabrais ostenta dois destes animais.
No panteão dos cabrais, em Belmonte, existe igualmente uma arca tumular de granito que contém cinzas retiradas do túmulo de Pedro Álvares Cabral localizado na Igreja da Graça em Santarém. Foram oferecidas em 1961 pela Câmara de Santarém.
Apesar dos vestígios em Portugal, no Brasil há quem garanta que aqui também se encontram restos mortais de Cabral. Por volta de 1903 foi reaberto o jazigo da Igreja da Graça. Desta vez o sepulcro continha oito corpos, cinco ossadas masculinas, uma feminina e duas de crianças.
Segundo historiadores brasileiros optou-se por uma solução simplista: dividiram-se os ossos, formaram-se dois esqueletos completos. Um ficou em Portugal e outro terá sido depositado na Igreja do Carmo, antiga Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.
Estudiosos portugueses apontam outra justificação para a existência desta urna. A própria lápide brasileira não refere restos mortais, mas sim ‘resíduos mortuários’, que seriam terra retirada do túmulo original e guardada numa urna que fora levada para o Brasil. Oficialmente nunca foi
autorizada qualquer transladação.
autorizada qualquer transladação.
Fonte: Blog no Pais da Maravilhas
A HISTÓRIA DO BRASIL E DE CABRÁLIA CONTADA PELO
HISTORIADOR E ESCRITOR
SIDRACH CARVALHO NETO
Santa Cruz Cabrália: cinco séculos de história
Resumo Histórico
A história de Santa Cruz Cabrália inicia-se no ano de 1500 com a chegada e a conquista do território brasileiro pelos portugueses. O município se encontra localizado na Costa do Descobrimento no litoral norte da região do extremo sul do estado da Bahia. Seu território, antes da chegada dos portugueses, era habitado na faixa litorânea por índios da etnia Tupiniquim do tronco linguístico Tupi-Guarani e no interior por grupos Macro-Jê: Botocudo, Maxakalí, Kamakã, Purí, Pataxó e provavelmente outros, identificados na época pelos colonizadores pela designação Tupi genérica de Aymoré e denominados de Tapuias pelos índios Tupi-Guarani por falarem uma língua diferente.
A Vila de Santa Cruz que deu origem a atual cidade foi fundada em 1535, às margens opostas do rio Mutarí, por Pero do Campo Tourinho, primeiro donatário da capitania de Porto Seguro. Na segunda metade do século XVI, a povoação se desloca para um platô às margens do rio João de Tiba, devido aos constantes ataques dos índios e pelo local não oferecer segurança aos moradores. Nesta elevação, a Vila de Santa Cruz se estabelece definitivamente. É construída, ainda no século XVI, a primeira igreja em invocação a Nossa Senhora da Conceição, que por ter sido erguida de forma rudimentar e alvenaria de barro não resisti ao tempo.
No início do século XVIII, os moradores da povoação através de uma petição enviada ao governador geral do Brasil, D. Lourenço de Almada, solicitam a reedificação de uma nova igreja, em razão da anterior haver caído e encontrar-se em ruínas. O então governador leva ao conhecimento do rei português, o qual autoriza a construção da segunda igreja da Vila, que segundo documentação encontrada no Arquivo Ultramarino de Lisboa sua obra teria sido concluída em 1715, e provavelmente, erguida no mesmo local da anterior.
No final do século XVIII é construída a Casa de Câmara e Cadeia, prédio edificado em dois pavimentos que serviu para sediar, no andar superior, a Câmara Municipal e, posteriormente, a Intendência Municipal, na parte térrea, a cadeia pública e o quartel de polícia.
A igreja católica administrava eclesiasticamente o Brasil através das Freguesias ou Paróquias, que contavam sempre com uma igreja matriz. Assim, sob alvará de 5 de dezembro de 1775, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição é elevada ao título de Matriz e a Vila de Santa Cruz à categoria de Freguesia.
Depois deste acontecimento, a Vila atravessa um período de decadência populacional e a igreja chega a perder o título conquistado. Em 1795, recupera seu status de Matriz e a população readquire seu prestígio.
Em 29 de novembro de 1832, sob o Decreto-lei nº 8.594, o presidente da Província da Bahia Honorato José de Barros Paim eleva a Vila de Santa Cruz à categoria de município, mas sua implantação só ocorre no ano seguinte, em 23 de julho de 1833, data em que se comemora sua emancipação política do antigo território da capitania de Porto Seguro.
Um século mais tarde, no ano de 1931, através do Decreto estadual nº 7.479 de 8 de julho, o município de Santa Cruz perde sua autonomia e permanece por dois anos anexado a Porto Seguro, fato ocorrido por um ato precipitado do interventor Artur Neiva. No dia 4 de agosto de 1933, o interventor Juraci Montenegro Magalhães, assina o Decreto nº 8.594 de 4 de agosto, devolvendo-lhe sua autonomia.
Em 9 de março de 1935, o prefeito Sidrach Carvalho através do Decreto nº 9.400, acrescenta o nome Cabrália ao de Santa Cruz, passando o município a chamar-se definitivamente SANTA CRUZ CABRÁLIA.
Em 30 de março de 1938, é assinado o Decreto nº 10.724 pelo interventor Landulfo Alves de Almeida, elevando o município à categoria de cidade. Em 29 de janeiro de 1981, a cidade é tombada pelo IPHAN como patrimônio histórico, cultural e paisagístico.
Origem do nome da cidade:
O nome Santa Cruz foi dado por Pero do Campo Tourinho, primeiro donatário da capitania de Porto Seguro, ao fundar a Vila em 1535 que deu origem ao atual município. O nome Cabrália foi acrescentado através do Decreto nº municipal nº 9.400 de 9 de março de 1935, pelo prefeito Sidrach Carvalho. O primeiro nome Santa Cruz foi dado em homenagem a cruz da fé cristã utilizada na ocasião da 1ª Missa do Brasil no Ilhéu de Coroa Vermelha e o segundo, Cabrália, em homenagem a Pedro Álvares Cabral.
Neste ano de 2017, a cidade de Santa Cruz Cabrália está comemorando 492 anos de fundação (1535), 184 anos de emancipação política e criação do município (1833) e 517 anos de história (1500).
Pesquisa e texto: Sidrach Carvalho Neto. Historiador, graduado pela Faculdade Santo Agostinho de Ipiaú-BA, escritor e autor do livro Santa Cruz Cabrália, Cinco Séculos de História e diretor do Arquivo Público Municipal de Santa Cruz Cabrália – Bahia.
Contato: Tel. (73) 98209-7611
(CLARO Whats Sap)
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E-mail: sidrachcabralia@hotmail.com